domingo, 13 de junho de 2010

[39] Dependa apenas de você, do seu plantio

"Eles sabem que tem o defeito de desistir facilmente"

“Se és homem, ergue os olhos para admirar os que empreenderam coisas grandiosas, ainda que hajam fracassado”. (Sêneca)

“O segredo para o sucesso é fazer as coisas comuns incomumente bem”. (Rockefeller Jr.)

É preciso discernimento para reconhecer o fracasso, coragem para assumi-lo e divulgá-lo e sabedoria para aprender com ele. O fracasso está presente em nossa vida, em seus mais variados aspectos. Na discussão fortuita dos namorados, e na separação dos casais, na falta de fé e na guerra santa. Na desclassificação e no lugar mais baixo do pódium, no infortúnio de um negócio malfeito e nas conseqüências de uma decisão inadequada.

Reconhecer o fracasso é uma questão de proporção e perspectiva. Gosto muito de uma recomendação da Young President organization segundo o qual devemos aprender a distinguir o que é contratempo, um revés e uma tragédia. A maioria das coisas ruins da vida são contratempos. Reveses são mais sérios, mas podem ser corrigidos. Tragédias, sim, são diferentes. Quando você passar por uma, verá a diferença.

A história e a literatura são unânimes ema firmar que cada fracasso ensina ao homem algo que necessita aprender, que fazer e errar é experiência enquanto não fazer é fracasso; que devemos nos preocupar com as chances perdida quando nem mesmo tentamos; que o fracasso fortifica os fortes.

Pesquisa da Havard Business Review aponta que um empreendedor quebra em média 2,8 vezes antes de ter sucesso empresarial. Por isso, costuma-se dizer que o fracasso é o primeiro passo no caminho do sucesso ou, citando Henry Ford, o fracasso é a oportunidade de se começar de novo inteligentemente. Daí decorre que deve ser objetivo de todo empreendedor errar menos, cair menos vezes, mais devagar e não definitivamente.

Assim como o amor e o ódio são vizinhos de um mesmo quintal, o fracasso e o sucesso são igualmente separados por uma linha tênue. Mas o sucesso é vaidoso, tem muitos pais, motivo pelo qual costuma ostentar-se publicamente. Nasce em função do fracasso e não raro sobrevive às custas dele – do demérito de outrem. Por outra via, deve-se lembrar que o sucesso faz o fracasso de muitos homens...

Já o fracasso é órfão e tal como o exercício do poder, solitário. Disse La Fontaine: “Para salvar seu crédito, esconde sua ruína”. E assim caminha o insucesso, por meio de subterfúgios. Poucos percebem que a liberdade de fracassar é vital se você quer se bem sucedido. Os empreendedores mais bem-sucedidos fracassaram repetidamente, e uma medida de sua força é o fato de o fracasso impulsioná-los a alguma nova tentativa de sucesso. É claro que cada qual é responsável por seu próprio naufrágio. Mas quando o navio está a pique cabe ao capitã (imagine aqui a figura do empreendedor) e não ao marujo tomar as rédeas da situação. E às vezes, a única alternativa possível é abandonar, e logo, o barco, declinando da possibilidade de salvar pertences para salvar a tripulação. Nesses casos, a falência purifica, tal como deitar o rei ante o xeque-mate que se avizinha.

O sucesso, pois, decorre de perseverança (acreditar e lutar), da persistência (não confundir com teimosia), da obstinação (só os paranóicos sobrevivem).

Decorre de não sucumbir à tentação de agradas a todos (gregos, troianos, e etruscos). Decorre do exercício da paciência, mais do que da administração do tempo.

Decorre de se fazer o que se gosta (talvez seja preferível fracassar fazendo o que se ama atingir o sucesso em algo que odeia). Decorre de fabricar o que vende, e não vender o que se fabrica (qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas só im, gênio é capaz de vendê-lo). Decorre da irreverência de se preparar para o fracasso, sendo surpreendido pelo sucesso. Decorre da humildade de aceitar os pequenos detalhes como mais relevantes do que os grandes planos. Decorre da sabedoria de se manter a cabeça erguida, a espinha ereta, e a boca fechada.

Finalizo parafraseando Jean Cocteau: “Mantenha-se forte diante do fracasso e livre diante do sucesso”.

terça-feira, 1 de junho de 2010

[38] Dias melhores virão. O Sol de Janeiro.

Quando eu fecho os meus olhos o anjo me diz: Confesse seus pecados e me dê sua mão, pois eu lhe darei de volta sua memória.

Como faz tempo que não posto aqui, resolvi voltar hoje pra alar uma besteirinha. Ultima vez que passei por aqui foi em 18 de Abril, pouco mais de um mês. Não me lembro muito bem como estava meu estado de espírito naquele dia, mas provavelmente estava um pouco “para baixo”. Acho impressionante como quando eu estou feliz eu não me lembro deste blog, se isso já aconteceu foi um caso bem raro. As vezes penso em postar algo, mas tenho preguiça e por incrível que pareça quando não estou muito bem eu não tenho preguiça de postar aqui.

Dias atrás minha vida tem sido chata demais, assim como a soma de todas as raivas de uma semana inteira, acho que seria mais ou menos isto. É difícil ter que aturar este mundo da forma como eu o faço. Gostaria muito de ter carisma para suportar várias amizades, mas isso é impossível por minha parte. Já notei que quando me apego demais a uma pessoa, possivelmente vou me afastar dela, mais cedo ou mais tarde, basta apenas eu perceber seus defeitos, e perceber que não consigo associar estes problemas aos meus quando estou estressado, chateado ou decepcionado.

Gostaria de desaparecer para sempre, entenda como quiser, durante esta semana. É muito ruim saber que nossa memória apesar de ser falha, nunca serve na hora certa, quando não memoriza coisas boas, é porque memoriza coisas desnecessárias. E isso muitas vezes pode chegar a nos prejudicar, visto que mais cedo ou mais tarde precisamos lembrar de como agirmos com situações semelhantes anteriormente. Bem, basicamente é isso. A memória é uma merda. Porque temos coisas horríveis que fazemos e ainda sim nos fingimos de vítima?

Como ser humano, descobri que cada vez sou mais imbecil diante da sociedade que me cerca. Sou mais cobrado por mim mesmo, tenho mais medo a cada dia. E como era previsto, as coisas estão acontecendo juntamente conforme eu tinha medo das mesmas. Um verdadeiro inferno. Já faz mais de mês que não vivo em paz comigo mesmo. Tem sempre uma semana que eu me dou mal de alguma forma ou me aborreço.

Eu queria várias vezes ser chamado pelo meu anjo, mas não receber reclamações, não receber críticas, não ouvir que preciso melhorar sempre. Ele precisa de mim da mesma forma que o inverso, mas ele é bem mais forte do que eu, ele não é um ser humano, e isto já é muita coisa. Ele sempre ver as luzes quando eu não vejo. Preciso muito de um guardião, e como algumas raras vezes Deus parece se esquecer de mim, ou melhor, ele está lembrando perfeitamente de mim a tal ponto de querer me submeter a testes. Eu sempre serei um pecador, e acredito que pecados em excesso causa várias complicações muito além do peso da consciência.

Em alguns dias meu cérebro já trabalhou mais rápido do que hoje, mas o retardo disso parece me ameaçar, nem mesmo capaz me auto controlar eu estou sendo capaz, e isso é ruim, muito ruim. E quando fechei uma porta, escutei outra se abrir, e assim se foi toda a confiança, auto estima, vontade de viver...

Estou chegando perto o bastante, mas não o suficiente para me alegrar, e infelizmente tenho que ser mais forte do que apenas isso. Como pode nos últimos dias de dezembro, o sol de janeiro ser esquecido? Porque esquecemos que nós somos seres humanos, e um tanto falhos, imbecis? O mundo está apavorado, mas ninguém quer ver isto, apenas eu, e isto é ruim, muito ruim. Minha vida é uma estação, onde a escuridão procura o dia, procura se lembrar do sol de Janeiro... Um dia meu Anjo será tão burro quando eu, e tentará ao menos me ajudar.