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Os pontos de vista podem mudar sua vida |
A vida é muito bela mesmo. Nós só damos conta de que isso é
verdade quando somos provados, claro. Nós da área de exatas trabalhamos muito
com provas, e se algo é verdadeiro continuará sendo verdadeiro até que seja
exemplificado com uma contradição (contra exemplo).
Por que ser uma vítima? Quando você mesmo pode ser o autor?
O grande autor dos versos líricos. Porque se preocupar, se a preocupação não
está do seu lado? Porque viver outro dia de vazio se o homem cego, depois de
tantas experiências de vida, vive dias perfeitos em seus últimas dias?
A vida é tão bela, mas tão bela, que a mesma só nos prova
disso nos últimos momentos dela. Isso serve para você aceitar o quão bom as
coisas boas podem chegar até você sem que você agradeça a algo ou alguém por
isso, mas a recoheça. A vida é tão jovem sabia? E mesmo assim você ainda
desgasta ela com coisas fúteis. Vícios inúteis. O quarto que a cerca está uma
bagunça, seus filhos estão seguros com sua mãe. E mesmo assim a vida parece ser
tão injusta para quem é descrente consigo mesmo. É um favor viver neste planeta
terra? A vida é jovem sim, ela é jovem, e ainda assim você ainda teima em
refletir as coisas ruins que a vida te trouxe, sim, lá sentada no chão do
banheiro. A corrente do chuveiro quebrou, o pescoço dói, as costas, os braços,
mas as pessoas estão lá fora, acreditando sempre que a vida do vizinho é sempre
mais bonita. Triste realidade dos descrentes das consequências das tomadas de
decisões precipitadas.
Os pensamentos correm as pessoas que não aceitam o mundo
desafiante que se mostra, trapacear sempre foi mais fácil, porém existe um “olho
que tudo vê” que infelizmente não deixará a trapaça continuar até o fim da
eternidade. Infelizmente o mundo é injusto as vezes, mas também é justo quando
menos se espera, e infelizmente, na maioria dos casos, é justo com pessoas que
merecem pagar por cada erro trapaceado do grande olho que fica em cima do
planeta. Você continua a desgastar sua vida, isso parece ser tão irracional
quanto correr centenas de quilômetros e voltar para o mesmo lugar. Nua diante
do mundo, ela envolve sua tristeza numa camisola. Todos dormem profundamente,
sonhando com as vitórias, com as glórias que a vida de uma vez por todas está
para trazer, mas ainda assim a consciência fala mais alto nas últimas horas da
madrugada. Sabe onde vive Deus? Na sua consciência! Não adianta fugir de tudo,
pois não há do que fugir. A felicidade queima o escuro com olhos vítreos
escolhendo cuidadosamente uma das gravatas de seu marido. “Chega”, ela grita
entre os extremos da corda e as gravadas de seda. Sim, a vida traz infinitas
coisas boas para você, mas cabe a quem aceita-las? Cabe a quem correr atrás dos
últimos dias de glória? Porque será que um homem recém adoecido com péssimos
resultados é mais feliz que um indivíduo de poucas dezenas de anos de idade?
Porque a felicidade é tão relativa assim? Porque os pontos de vista são tão
diferentes? Porque os vícios e os prazeres são tão diferentes, sempre são
vividos com intensidade diferentes também? Uma bela vida escapando de seus
jovens olhos azuis. Mas a vida segura na sua mão, não a deixando ir, deixando-a
respirando no chão apenas.
Eles ainda estão dormindo, não a ouvem chorar e ela ainda
está obcecada pelos extremos da corda, dessa vez ela escolhe uma gravata mais forte,
com o “ursinho puf” e seus amigos.
Ela ainda é jovem, mas se sente velha. Sim, o espírito velho
é sábio, mas não é este o bom motivo, é que os velhos tem péssimos defeitos, grandeza
inversamente proporcional com a sabedoria e carisma. Agora ela está sozinha
pendurada no teto, toda a pressão dela vindo abaixo.
Ver a culpa, ensinando-a a culpa. E agora ela cresceu em
desgraça, com um gosto para a tristeza. Você aprendeu tudo o que se pode saber
sobre o desespero correto? Nenhum esforço neste mundo sobrevive à sua prova.
O “ursinho puf” da vida é forte, jamais a deixaria cair, não
a deixa respirar até que ela já não esteja mais lá. Sim, isto é a vida. A vida!
Uma bela vida escapando de seus jovens olhos azuis. Mas a vida segura sua mão,
não a deixando cair. Mas ela deixará respirando no chão, lembra?
Um jovem senhor no final da vida, parece ter tantos
artefatos materiais, mas de que vale todos eles? Liberte-se de seus vícios.
Assisti um filme certa vez que me ensinou o seguinte: Quer ser feliz? Então
liberte-se de seus vícios, principalmente aqueles vícios fúteis. Li em um livro
algo semelhante: Quer viver bem? Então se desfaça de vícios inúteis. Tão forte
a palavra inútil, mas quando tratada no sentido lateral é algo simplesmente que
não serve. Algo não útil. Algo inútil. Vendo que nenhuma preocupação nesse
mundo pode aliviar sua tensão.
A vida quando está desesperada, fica entre os extremos da
corda e suas roupas íntimas, olhos cegos fitando o sorriso burrinho bisonho. “Chega!”,
ela grita enquanto recupera a visão. Ainda com vida, ainda com pensamentos
confusos. Confusão é algo que sempre existirá na vida de qualquer ser, cabe a
quem não deixá-lo entrar? Adivinha? O teto não aguentou, a casa velha a deixou
cair. Largando sua respiração sobre o chão duro e frio, batendo a cabeça, uma
alma de porcelana partida. Manchas vermelhas na porcelana e ela não está lá.
Respirando, a vida fica tímida ao fundo. Quebrada, ela não
está morta nem cega, é apenas uma velha vida. Belos olhos chorosos, enegrecidos
e machucados. Tipo marfim avermelhado. Horas, elas passam por essa alma de
porcelana partida, mas as manchas vermelhas na porcelana prova que o velho no
final da vida têm motivos para assumir que a felicidade é algo tão relativo.
Tudo é relativo, a vida, o viver, o ser...
Pule, sinta o vendo gélido no rosto, viva, observe quem te
observa, caminhe... Mas não caminhe nas cinzas, pois enquanto você caminha nas
cinzas, nomes são lembrados, e enquanto a caminhada continua nas cinzas, o
tempo é lembrado. Mas o tempo é nosso inimigo lembra?
A vida não é só isso que você ver, é muito mais que isso.
Mas esse “muito mais” não é medível, não é palpável, ninguém sabe o quanto é ou
deixou de ser. Sorria, ouça, respire, viva. Mas caminhe, fora das cinzas...
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