Eu nunca voltei a contar a chuva como antigamente, vi lembrar disso hoje, e sei o quanto é importante pra mim, lembrar como isso acontecia. Acho que ninguém tiraria aquela dor, naquele dia.
Por isso, a hora é essa. Tire minha dor! Queria que esses frios das chuvas noturnas fossem levados para fora de mim. Queria que você nunca tropeçasse no meu orgulho, mas queria que esta noite não fosse diferente daquelas, todos os perigos valeram a pena, todos os terrores de sombras valeram a pena, todos os medos eu não tenho mais, hoje é somente reflexos, no qual me faz escrever aqui hoje. Estava cheio dessas brigas por isso em breve estarei batendo em sua porta.
E quem diria que, ela também estava em pé no canto do quarto, na beira da cama, da mesma forma, de braços cruzados, de vestidos vermelhos, com olhares ofuscantes, isso as vezes me deixa ainda com medo. Eram muitos rostos, dias após dias. Olhando para um deles eu disse: “O que mais você pode fazer?” Descubro que não tava mais ali debaixo dos meus lençóis, e que quando abro novamente os olhos, vejo apenas movimentos urbanos em minha frente, com essa velha calçada, com o litro já seco.
Eles viram todas as minhas promessas, e sabem, hoje, porém, que eu não menti em momento algum. E todo aquele tempo se foi, já se passaram alguns dias, e quando paro pra prestar atenção já foram meses, anos...
Eu demonstrei todo aquele amor, mas por trás era o futuro de aprender como sofrer que me aguardava, esse curso as vezes me parece cansativo, mas ele tem um certificado final que com certeza vai me ajudar a fazer o casamento das sociedades.
Então, eu vi você olhando de volta para mim, e eu soube que por um momento você estava chamando meu nome, que pena que você levou meu herói, mas você levaria também toda esta minha dor? Só queria pedir para que, de fato, os frios das chuvas sejam levados para longe de mim. Eu não estou mais amedrontado, estou aprendendo a viver...
0 Comentarios:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!